sábado, 28 de maio de 2016

Emagrecimento: Alta ou Baixa Intensidade?


O gasto energético diário ocorre por meio de três principais fatores: a taxa metabólica basal (TMB), o efeito térmico do alimento (ETA) e, o gasto energético proveniente das atividades físicas (FOUREAUX, PINTO e DÂMASO, 2006).
De acordo com a intensidade da atividade física/exercício físico, o gasto energético poderá ser maior ou menor durante e após o término do esforço físico. Exercícios de baixa intensidade promovem maior utilização de gordura corporal durante a prática da atividade, porém, após o término da atividade e nas horas subsequentes, esse consumo de gordura é reduzido quando comparado aos exercícios realizados com alta intensidade.
Nas figuras (a: baixa intensidade) e (b: alta intensidade) podemos visualizar o comportamento do consumo de oxigênio (débito de O2) após o término  do exercício físico. Vemos que na figura (b) há maior consumo de oxigênio (O2) posterior ao esforço, esse consumo de O2 pós-exercício é denominado de EPOC (consumo excessivo de oxigênio pós-exercício) e, este por sua vez, associa-se à maior utilização de gordura corporal por períodos maiores, contribuindo assim para um emagrecimento mais efetivo.
Portanto, aquela noção de que para ocorrer maior consumo de gordura corporal seria necessário somente horas de esforço aeróbio, não se sustenta. Quando analisamos estudos como o Schuenke et al. (2002) que aplicaram três exercícios de força (power clean, supino reto e agachamento) com 10 repetições máximas, verificamos maior consumo de O2 após um e dois dias (vide gráfico) consecutivos. Desta forma, se há maior consumo de O2, consequentemente haverá maior consumo de gordura corporal para a manutenção da ressíntese de ATP (adenosina trifosfato) em níveis basais/repouso.
Obs.: Consulte um profissional de educação física habilitado, somente ele saberá se você está apto para a realização de exercícios com alta intensidade e, se estes exercícios não lhe causarão nenhuma lesão.
Referências:
Schuenke, MD; Mikat, RP; McBride, JM. Effect of an acute period of resistance exercise on excess post-exercise oxygen consuptiom: implications for body mass management. Eur J Appl Physiol. 86:411-17, 2002.
Foureaux, G; Pinto, KMC; Dâmaso, A. Efeito do consumo excessivo de oxigênio após exercício e da taxa metabólica de repouso no gasto energético. Rev Bras Med Esporte. 12(6):393-98, 2006.

Nenhum comentário:

Postar um comentário