segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

GymNutri 2015 - Inscrições abertas



SIMPÓSIO GymNutri® dias 05 e 06/06/2015

O Simpósio GymNutri® surgiu pela necessidade de aproximar os conhecimentos científicos da aplicação prática pelos profissionais envolvidos com o exercício físico e a nutrição. Em 2015 o GymNutri® ofertará quatro minicursos, dois na área de nutrição esportiva e dois sobre treinamento com pesos, além de mesa redonda e palestras.

> A inscrição para o GymNutri inclui assistir as apresentações da mesa redonda e palestras, com EXCEÇÃO DOS MINICURSOS.

> Cada inscrito só poderá se inscrever em no máximo 2 cursos porque os mesmos são divididos em 2 blocos: (matutino) e (vespertino), sendo que cada bloco tem seus cursos acontecendo simultaneamente.

> Não serão aceitos reembolsos depois de o evento ter começado, nem para aqueles que não apareceram no evento mesmo estando inscritos.

> Inscrições realizadas até 06/05/2015 receberão o certificado impresso, após essa data os inscritos receberão certificados via e-mail.

> Valores até 06/05/2015
Inscrição: R$ 120,00 
Inscrição + 1 curso: R$ 150,00
Inscrição + 2 cursos: R$ 200,00 

> Valores após 06/05/2015
Inscrição: R$ 150,00
Inscrição + 1 cursos: R$ 180,00
Inscrição + 2 curso: R$ 230,00

MINICURSOS (MATUTINO) - duração 4h Dia 06/06/2015 das 8:00h às 12:00h
Periodização para o treinamento com pesos em academia (Dr. Jonato Prestes PhD)
Estratégias nutricionais para o emagrecimento (Mª Eliana Santini)

MINICURSOS (VESPERTINO) - duração 4h Dia 06/06/2015 das 14:00h às 18:00h
 (Dr. Jonato Prestes PhD)
Estratégias nutricionais para a hipertrofia (Drd. João Alfredo Pedroso)

Obs.: A inscrição dá direito às palestras e mesa redonda do dia 05/06/2015

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Curso Treinamento Funcional


Curso Treinamento Funcional Módulo 1 (certificado de 20h) - Funcional Básico 


Conteúdo programático: 

Conceitos de treinamento funcional; aspectos biomecânicos, cinesiológicos e fisiológicos do treinamento funcional; treinamento para o core; elaboração de rotinas de treinamento com base no condicionamento físico do aluno (iniciante, intermediário ou avançado); treinamento funcional aplicado a idosos. 

Ministrantes: @reisfilho (Coordenador da Pós-Graduação em Treinamento Funcional da Faculdade Inspirar Cuiabá-MT) e @renatopersonal (Professor da Pós-Graduação em Treinamento Funcional da Faculdade Inspirar Cuiabá-MT)

Locais e datas: 

Aula teórica (14/03/2015) - Veneza Palace Hotel. 
Aula prática (15/03/2015) - Academia Team Nogueira Cuiabá @teamnogueiracuiaba 

Investimento: 

R$ 350,00 à vista ou parcelado no cartão de crédito via PagSeguro.

Informações: fone/whatsapp (65) 9602-3130 Adilson ou (65) 8111-9190 Renato.

domingo, 16 de novembro de 2014

Exercício e Saúde


Muitos dos meus alunos relatam não possuir agilidade, coordenação motora, força, resistência, flexibilidade, potência, etc. etc. Aí eu pergunto, vocês foram fisicamente ativos na infância? Subiram em árvores, pularam muro, correram, ou seja, viveram como a maior parte das pessoas da minha época viveram? Caso a resposta seja sim, há uma possibilidade de vocês possuírem "engramas motores" (De acordo com Foss e Keteyian - Fox - 2000; Engrama é um traço permanente deixado por um estímulo; o gesto motor após memorizado é armazenado e pode ser reproduzido - por exemplo: andar de bicicleta, ninguém esquece, mesmo que fique anos sem pedalar).

Embora o recrutamento de certos movimentos ocorram rapidamente, a qualidade/proficiência dos mesmos podem estar comprometidos por conta da redução na força, flexibilidade, potência ou outra valência física importante para o desempenho da tarefa.

Portanto, ao resolver retornar aos exercícios físicos, isso seja feito de forma planejada e gradativa. 

Cross Training, Treinamento Funcional, Crossfit


Muitos alunos me perguntam se treinamento funcional é o mesmo que cross-training, crossfit e outras modalidades praticadas com implementos diversos e pesos livres.

Primeiro temos que relembrar que nada se cria, nada se perde, tudo se transforma (vejam as fotos na imagem postada). Dito isso, CrossFit é uma marca, que segue uma metodologia própria e que é aplicado para diversos públicos e idades, com ou sem experiência em exercícios físicos. Cross-training é uma proposta de treinamento cruzado (tradução ao pé da letra), onde se favorece o estímulo à diversas valências físicas (força, resistências aeróbia e anaeróbia, flexibilidade, potência, entre outras) tal qual o crossfit. 

E treinamento funcional? Bom, é aquele que funciona kkkkk. Brincadeiras à parte, primeiro vamos ao significado da palavra funcional. Segundo o dicionário Aurélio, funcional é relativo às funções vitais; que funciona bem ou que é de fácil utilização (hummm, está começando a clarear as ideias); que permite efetuar alguma coisa da melhor maneira (bingo! Descobrimos a América, inventamos a roda).

Podemos dizer então que o treinamento funcional é todo o exercício físico que seja adequado às especificidades da tarefa e à individualidade biológica de quem o pratica, respeitando-se ainda, o princípio da sobrecarga progressiva e demais princípios do treinamento (REIS FILHO, 2014). É possível também com o treinamento funcional obter os mesmos resultados do crossfit, cross-training, e outros, pois o que realmente determinará os resultados alcançados é o planejamento feito pelo profissional de Educação Física. 

Entretanto, há que se tomar cuidado, pois nem toda macaquice é treino funcional.

Exercícios Abdominais


A prescrição de exercícios abdominais devem levar em consideração seus aspectos fisiológicos, assim como os biomecânicos e cinesiológicos.
 
Quanto à sua morfologia, o abdômen é dividido em reto abdominal, oblíquos interno e externo, e, transverso.

Predominantemente os músculos abdominais, bem como os demais músculos posturais, são compostos por fibras vermelhas (tipo I, oxidativas). Por sua vez, as fibras vermelhas são inervadas por motoneurônios tônicos, ou seja, demoraram para contrair e para relaxar. 

Como dica, aconselho que os exercícios abdominais progridam dos exercícios estabilizadores, passando para a flexão e extensão de tronco, posteriormente indo para os exercícios de inclinação e rotação, e, por último os exercícios de potência. Tudo isso seguindo uma periodização racional. 

Informações adicionais poderão ser obtidas com um profissional de Educação Física qualificado. 

Exercício Físico e Hipertermia


A hipertermia é o aumento da temperatura corporal por falência dos mecanismos de dissipação do calor, para se contrapor à febre onde há falência da regulação hipotalâmica.

De acordo com Tarini et al. (2006) a hipertermia por esforço pode ser definida como a temperatura corporal central superior a 40°C, acompanhada de alterações no estado mental, bem como o comprometimento de múltiplos órgãos. Além da temperatura ambiente elevada, a umidade alta também contribui para o quadro de hipertermia, pois dificulta a evaporação.

A redução dos riscos relacionados a hipertermia induzida pelo exercício requer em primeiro lugar aclimatação ao ambiente. Adicionalmente, a manutenção de uma correta hidratação auxilia na prevenção da hipertermia, proporcionando uma proteção termorreguladora. 

Obs.: Consulte um nutricionista, preferencialmente com experiência esportiva. Esse profissional lhe auxiliará na ingestão adequada de líquidos antes, durante e depois do esforço físico. 

Exercícios e bases estáveis versus instáveis 2


Ainda sobre exercícios físicos realizados em bases estáveis versus instáveis, apresento a comparação entre o exercício supino reto sobre o banco, sobre a bola Suíça e bola Suíça + BOSU.

Os princípios sobre bases estáveis ou instáveis são os mesmos apresentados no post sobre agachamento, então vou direto ao ponto. 

Norwood et al. (2007) compararam 4 situações de exercício supino reto (imagens) e verificaram maior ativação da musculatura estabilizadora à medida que se aumentava a instabilidade, nesse caso, nas fig.1b, fig.1c e fig.1d., respectivamente. Entretanto, esses mesmos autores e Zemková et al. (2014) relatam que tal execução do supino em base instável, assim como o agachamento, teriam benefícios somente para o equilíbrio, propriocepção e ativação muscular do tronco e, quando se tem como objetivo o aumento de força e potência, exercícios em bases estáveis seriam recomendados. 

domingo, 5 de outubro de 2014

GymNutri 2014 - Exercício Físico e Nutrição Esportiva



VAGAS LIMITADAS

Programação:

15/11/2014

> 7:00 às 9:00 horas - Credenciamento e entrega de materiais

> 9:00 às 9:30 horas - Cerimônia de abertura

> 9:30 às 11:30 horas - Mesa redonda "Suplemento alimentar: mitos e verdades"

Palestrantes:
Doutor Carlos Alexandre Fett (FEF/UFMT) - Whey protein;
Doutora Christianne de Faria Coelho-Ravagnani (FEF/UFMT) - Suplementos termogênicos;
Mestra Tatienne Neder Figueira da Costa (UFT) - Creatina.

> 11:30 às 13:30 horas - Intervalo para almoço

> 13:30 às 15:00 horas - Palestra 1 - Proteínas e ganho de massa muscular: o que as evidências científicas apontam? Palestrante: Mestra Tatienne Neder Figueira da Costa

> 15:00 às 16:30 horas - Palestra 2 - Efeitos do exercício físico sobre o sistema imunológico. Palestrante: Doutor Fabrício Azevedo Voltarelli

> 16:30 às 18:00 horas - Palestra 3 - Treinamento de força: estética e saúde. Palestrante: Doutorando Ramires Alsamir Tibana

> 18:00 às 20:00 horas - Coquetel de encerramento e entrega de certificados

Local do evento:


Avenida André Antônio Maggi, n.1980 - Cuiabá - 78049-080. Em frente ao Cenarium Rural.

Informações: E-mail: reis.santini@gmail.com ou Fone/whatsapp: (65) 9602-3130

domingo, 28 de setembro de 2014

Exercícios em bases estáveis versus instáveis


Vira e mexe me perguntam em meus cursos ou aulas de Pós-Graduação o que eu "acho" sobre o agachamento realizado sobre bases instáveis.
 
Pois bem, a literatura científica nos mostra que dependendo do objetivo o uso de bases instáveis são excelentes ou não. 

No estudo conduzido por Drinkwater et al. (2007) - imagens postadas - foi evidenciado redução na força, velocidade e potência ao longo de todo o movimento à medida que se utilizava bases de apoio mais instáveis. Desta forma, os autores sugerem ser um equívoco utilizar o recurso de bases instáveis quando se tem como objetivo o aumento de força e potência muscular.

Num estudo recente (Zemkova et al., 2014) dois protocolos de agachamento foram comparados, um sobre o BOSU e outro sobre o solo. Os resultados observados denotaram piora na potência após a realização do agachamento sobre a base instável (BOSU).

Entretanto, ambos os estudos sugerem que se o objetivo for melhorar o equilíbrio, a propriocepção e a ativação muscular do tronco, a utilização de bases instáveis cumprem com o esperado, particularmente quando se utiliza cargas mais leves (50 - 60% 1 RM).

Portanto o bom senso e o conhecimento prevalecem mais uma vez, nada de colocar uma carga com 85% de 1 RM e subir sobre uma bola Suíça esperando conseguir maior hipertrofia do quadríceps. 

Agachamento completo versus parcial

Agachamento profundo ou até 90°?

Eu poderia me estender muito apontando vantagens e desvantagens, explicações cinesiológicas e biomecânicas, mas como o dia foi longo e o cansaço chegou, resumirei em algumas palavras: DEPENDE da ESPECIFICIDADE e INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA.

Schoenfeld e Williams (2012) publicaram no conceituado "Strength and Conditioning Journal" a seguinte informação: "...Não há evidências suficientes para suportarem a afirmação de que o agachamento completo seja prejudicial para aqueles com a função do joelho saudável". Ainda, os autores sugerem que o agachamento profundo traria uma série de benefícios importantes, incluindo maior ativação muscular e desenvolvimento, melhora da capacidade funcional, e melhor desempenho atlético. Reforçam que há pouca razão para se evitar esse exercício desde que não haja contraindicações médicas.

Resumindo, o bom senso e o conhecimento prévio das condições de seu aluno são fatores determinantes na decisão de se realizar ou não esse tipo de exercício.

sábado, 20 de setembro de 2014

GymNutri 2014

O Simpósio GymNutri® surge pela necessidade de aproximar os conhecimentos científicos da aplicação prática pelos profissionais envolvidos com o exercício físico e a nutrição.

A edição de lançamento do GymNutri® ocorrerá no dia 15 de novembro e contará com palestras de profissionais/pesquisadores com larga experiência em exercício físico e nutrição esportiva.

Interessados em apoiar o evento poderão entrar em contato via e-mail: reis.santini@gmail.com ou fone/whatsapp: (65) 9602-3130.

Em breve estaremos disponibilizando as informações para inscrição, assim como, a programação do evento.


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Esteroides androgênicos anabolizantes - parte V


Por Adilson Reis Filho

Nesta última parte falarei dos principais efeitos colaterais advindos do uso dos esteroides androgênicos anabolizantes seja pela exposição aguda, crônica, por dosagem fisiológica ou dosagem supra fisiológica.

Dentre os efeitos colaterais temos: hipertrofia do clitóris, ginecomastia (aumento da mama nos homens devido a maior atividade da aromatase), alopecia (queda de cabelo - calvície), atrofia dos testículos, formação de ateromas (placas de gordura nas artérias), acnes (em decorrência do aumento da 5-alfa-redutase que eleva a secreção das glândulas cebáceas), engrossamento da voz em mulheres, redução do HDL (colesterol bom) e aumento do LDL (colesterol ruim), câncer de próstata, câncer no fígado, entre outros.

Em relação à reposição hormonal durante a andropausa ainda é controverso, nível de evidência D (muito fraco), já em relação à reposição em homens hipogonádicos o nível de evidência é A (forte).

Exposto tudo isso, fica à critério de cada um fazer uso ou não dos esteroides androgênicos anabolizantes, afinal o livre arbítrio serve para isso, mas pense bem e converse com um médico endocrinologista para ver o que acha.

‪#‎anabolizantes‬ ‪#‎hipertrofia‬ ‪#‎efeitoscolaterais‬ ‪#‎musculacao‬

Esteroides androgênicos anabolizantes - parte IV


Por Adilson Reis Filho 

Como proposta terapêutica, os esteroides androgênicos anabolizantes têm sido administrados no tratamento das deficiências androgênicas, tais como o hipogonadismo (Bhasin et al., 1997; De Rose e Nóbrega, 1999), micropênis neonatal, deficiência androgênica parcial em homens idosos, deficiência androgênica secundária a doenças crônicas e na contracepção hormonal masculina (Conway et al., 2000).

A terapia androgênica também pode ser utilizada no tratamento da osteoporose, da anemia causada por falhas na medula óssea ou nos rins (De Rose e Nóbrega, 1999; Conway et al., 2000), no câncer de mama avançado (Eberling et al., 1994) e até mesmo em situações especiais de obesidade (Corrigan, 1999).

Os esteroides têm sido utilizados no tratamento da sarcopenia relacionada a AIDS, na fadiga em pacientes com doença renal crônica submetidos à diálise (Johansen et al., 1999).

Esteroides androgênicos anabolizantes - parte III


Por Adilson Reis Filho

Os esteroides sintéticos (testosterona) geralmente possuem modificações na molécula a fim de aumentar sua efetividade (Wilson, 1988). Estas modificações podem ser do tipo A (esterificação do grupo 17-b hidroxil); tipo B (alquilação na posição 17-a); tipo C (modificação na estrutura do anel esteroidal).

As modificações do tipo B apresentam maior toxicidade hepática, pois ocorre maior esforço do fígado para metabolizar este tipo de esteroide.

Dentre os efeitos dos esteroides androgênicos anabolizantes, temos: efeitos androgênicos (confere características masculinizantes, tais como o aumento de pêlos faciais em mulheres, aumento do tom grave da voz, entre outros); efeitos anabólicos (relacionado principalmente ao aumento da retenção de nitrogênio e, consequentemente aumento da hipertrofia muscular).

Esteroides androgênicos anabolizantes - parte II


Por Adilson Reis Filho

No indivíduo adulto a secreção de testosterona é controlada pelo sistema nervoso central por meio da hipófise anterior que modula a atividade de glândulas endócrinas presentes no sistema reprodutor através do eixo hipotálamo - hipófise - gonadal. O hipotálamo através do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) modula a liberação do hormônio folículo estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH). A síntese e o nível plasmático de testosterona são controlados por ação dos hormônios gonadotrópicos da hipófise (FSH e LH). O FSH que atua nas células de Sertoli é responsável pela gametogênese e o LH que atua nas células intersticiais de Leydig, pela secreção de testosterona (Hardman et al., 1996; Rang et al., 1997).

Amanhã posto as demais partes, falando sobre os efeitos benéficos e colaterais. 
#‎saúde‬ ‪#‎anabolizantes‬ ‪#‎hipertrofia‬

Esteroides androgênicos anabolizantes - parte I


Por Adilson Reis Filho

Hoje começo a compartilhar um pouco de uma aula sobre os esteroides androgênicos anabolizantes que ministrei durante o meu mestrado.

Os esteroides são sintetizados nos testículos, ovários e glândulas suprarrenais, a partir do colesterol. A testosterona é sintetizada 95% pelos testículos e 5% pelas suprarrenais, a partir do colesterol, o qual é biotransformado à deidroepiandrosterona e androstenediona e posteriormente convertido à testosterona, no tecido hepático (Handlesman, 2001). ‪#‎saúde‬ ‪#‎anabolizantes‬ ‪#‎hipertrofia‬

terça-feira, 22 de julho de 2014

No pain, no gain? Será?


Por Adilson Reis Filho

Por muitos anos atletas, praticantes ou mesmo professores que atuam na prática com o treinamento com pesos utilizam essa máxima de que sem dor não há ganho (no pain no gain). Entretanto, pesquisadores sobre treinamento com pesos afirmam que no pain, no gain também seria no brain (sem cérebro), de certa forma estão com razão.
 
Neste post a intenção é conciliar e traduzir o que cada um pensa. Para quem está na prática no pain no gain, nada mais é do que sem esforço, sem resultados. Dito isso, o entendimento de quem faz pesquisa, mas não treina fica mais fácil de se aceitar, pois não necessariamente há a necessidade de sentir dor, seja ela aguda ou tardia.
 
Na imagem B verifica-se sarcômeros íntegros, enquanto que na imagem A houve micro lesões após esforço excêntrico. Na figura ao lado das imagens A e B é possível verificar uma sequência de ações para a regeneração do tecido muscular, partindo da imigração de mioblastos, formação de miotubos primário e secundário, e, por fim a restauração do músculo. 

No estudo conduzido por Flann et al. (2011) foram testados 2 grupos, um treinado previamente e outro não. Ambos os grupos realizaram um protocolo de treino excêntrico em cicloergometro durante 11 semanas, sendo avaliados quanto a dor muscular de início tardio, creatina quinase, área muscular transversa, ganho de força e, fator de crescimento IGF-1. Os resultados para a força e área transversal do músculo foram iguais em ambos os grupos. Assim, os autores sugerem que para o ganho (hipertrofia) não há a necessidade de dor, podendo ser iniciada independentemente de qualquer dano visível para o músculo.

Referência:
Flann et al. Muscle damage and muscle remodeling: no pain, no gain? The Journal of Experimental Biology 2011;214:674-679.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Intensidade de treino e lipólise


Prof. Adilson Reis Filho

Salve! salve!
Vamos falar hoje sobre a intensidade de treinamento e a lipólise (quebra de "gordura").

Todos sabem que exercícios físicos realizados em baixas intensidades (<50% do VO2máx) favorecem a maior solicitação de triglicérides dos adipócitos e consequentemente maior disponibilidade de ácidos graxos livres para a ressíntese de ATP. No entanto, o que poucos sabem é que não adianta somente aumentar a lipólise no tecido adiposo, precisamos é utilizar os ácidos graxos livres provenientes da lipólise no músculo.

Na imagem acima podemos verificar que exercícios em intensidade de 25% do VO2máx favorece uma lipólise de aproximadamente 96% nos adipócitos, enquanto que exercícios em intensidades de 65% e 85% do VO2máx, respectivamente representam 53% e 57% da lipólise nos adipócitos. Porém, quando analisado o consumo de TGIM (triglicérides intramuscular), verifica-se que no exercício com intensidade de 25% do VO2máx ocorre a contribuição de apenas 4% do consumo de TGIM, enquanto que exercícios com as intensidades de 65% e 85% do VO2máx promovem respectivamente a utilização de 47% e 43% de TGIM.

Assim, verifica-se que quando o objetivo é aumentar a lipólise nos adipócitos e utilizar essa "gordura", exercícios com maiores intensidades, tal como, o treinamento intervalado passa a ser mais interessante para a redução da gordura corporal. Ainda, tal resultado reforça a necessidade de se utilizar o treinamento com pesos como ferramenta para o controle ponderal, bem como, para programas de emagrecimento, já que uma maior massa muscular favoreceria maior gasto calórico durante o exercício e em repouso.

Fundamentado em anos de experiência prática e na literatura científica, recomendo fortemente a inclusão do treinamento com pesos em programas de emagrecimento.

domingo, 13 de julho de 2014

Consumo de álcool versus hipertrofia


A síntese proteica é diretamente afetada pelo consumo de álcool. O álcool e seus subprodutos altera a sinalização da via IGF-1/mTOR/S6K1 que afeta a transcrição de genes relacionados à hipertrofia, especialmente as fibras tipo IIx. 

A ingestão de álcool reduz os níveis de GH (hormônio do crescimento) plasmático e diminui a secreção de LH (hormônio luteinizante), que, dependendo da dose consumida, pode reduzir os níveis de testosterona e aumentar o cortisol.


Referências: Bianco et al. 2014 e Parr et al. 2014. 

Hipertensão


A hipertensão ou "pressão alta" como é dito popularmente, é dividida em duas categorias, a saber: hipertensão essencial (primária) - a mais comum e hipertensão secundária, esta resultante de doenças renais ou de outras causas identificáveis.


A hipertensão é a principal causa de acidente vascular encefálico, doenças cardíacas e insuficiência renal. 

Dentre as formas de tratamento temos a modificação do estilo de vida, tais como a redução do peso corporal, redução da ingestão de sódio, alimentação saudável, exercícios físicos regulares e moderação na ingestão de álcool. Além desses, ainda tem o tratamento farmacológico isolado ou combinado com dois ou mais agentes terapêuticos.

O tratamento da hipertensão secundária focaliza na remoção da causa subjacente e no controle dos efeitos hipertensivos.

Diabetes


O diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada por hiperglicemia, resultante da falta de insulina, falta do efeito da insulina ou ambos.

Os tipos mais conhecidos do diabetes são: Tipo I (dependente de insulina, ocasionada por um evento desencadeante que favorece a produção de auto anticorpos contra as células beta do pâncreas, estas secretoras de insulina); Tipo II (doença crônica, provocada por um ou mais dos seguintes fatores: alteração da secreção de insulina, alteração da produção hepática de glicose ou insensibilidade periférica do receptor de insulina). Os fatores genéticos são significativos para o surgimento do Tipo II, tendo seu início acelerado pela obesidade, sedentarismo e estresse.
O diabetes gestacional e o terceiro tipo de diabetes mais conhecido. Este tipo de diabetes ocorre devido a contraposição dos hormônios placentários à insulina, induzindo a resistência à insulina. Este diabetes é fator de risco para o Tipo II. 

Como prevenção do diabetes tipo II e gestacional, deve-se evitar e tratar a obesidade, realizar exercícios físicos regularmente, manter uma alimentação pobre em açúcares e gorduras, especialmente as saturadas.

Obesidade


A obesidade é uma enfermidade multicausal, que pode ser consequência de fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e psicológicos, proporcionando o acúmulo excessivo de energia sob a forma de gordura no organismo (Yadav et al. 2000).


De acordo com Pollock e Wilmore (1993) três fases são determinantes para o acúmulo de gordura. Fase I (primeiro ano de vida); Fase II (após o primeiro ano de vida) e Fase III (adolescência). Na fase I devido à má alimentação materna; na fase II devido ao consumo de guloseimas, e, na fase III em virtude do sedentarismo e maior consumo calórico.
Em relação a etiologia da obesidade, 95% dos casos são de origem comportamental (sedentarismo e má alimentação, somente 5% são casos genéticos.
Portanto, a boa alimentação associada à prática regular de exercícios físicos ainda é a melhor opção não farmacológica para a prevenção e controle da obesidade.