sábado, 27 de agosto de 2016

MAIS EXERCÍCIO FÍSICO, MAIS SAÚDE. DESDE QUE BEM ORIENTADO


O sedentarismo associado à ingestão calórica excessiva tem favorecido ao longo dos anos o aumento da obesidade ao redor do mundo. No Brasil 51% da população com mais de 18 anos de idade está acima do peso ideal (VIGITEL, 2012), em relação ao sexo, 54% dos homens e 48% das mulheres estão com sobrepeso ou obesidade. Já entre as crianças, o excesso de peso passou de 9,7% no ano de 1974 para 33,5% em 2009. Ao mesmo tempo em que se observa o aumento da obesidade, vemos também a diminuição das aulas de educação física nas escolas, um contrassenso total, já que aproximadamente um terço dos adultos obesos foram crianças obesas. Anos atrás as escolas ofertavam três aulas semanais de educação física, atualmente os alunos tem a disponibilidade apenas uma aula semanal e, às vezes é teórica ainda, salvo algumas raras exceções.
            A prática regular de exercícios físicos é um dos principais agentes não farmacológicos para a prevenção e tratamento de inúmeras doenças crônicas não transmissíveis, tais como, o diabetes tipo 2, a obesidade, a doença arterial coronariana, a hipertensão arterial, entre outras. O aumento dessas doenças representa algo em torno de 60% dos gastos públicos mundiais com o setor da saúde (IHRSA, 2012), despesa esta que poderia ser muito menor caso houvesse interesse do poder público em desenvolver projetos de qualidade e contínuos de promoção à saúde por meio do exercício físico. Outro aspecto importante da redução do sedentarismo é a diminuição da mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis em torno de 6% a 10% (THE LANCET PHYSICAL ACTIVITY SERIES, 2012).
A realização de exercícios físicos regulares além de favorecer a melhora da saúde em geral, reflete diretamente na qualidade de vida e promoção de uma longevidade autônoma aos indivíduos engajados com os exercícios. No entanto, ainda há pouca aderência aos exercícios físicos em indivíduos acima dos 18 anos de idade. Segundo os dados da IHRSA (International Health, Racquet & Sportsclub Association, 2014) no Brasil apenas 4% da população frequentam academias, 34% realizam atividades físicas nas ruas, parques ou em casa (com ou sem orientação profissional) e os demais 62% são sedentários.
Embora seja possível verificar alguns poucos projetos públicos de incentivo a pratica de exercícios físicos, como por exemplo, ciclovias, parques e praças com “academias” ao ar livre, ainda faltam profissionais de Educação Física devidamente registrados junto ao CREF-17 (Conselho Regional de Educação Física) para a orientação e acompanhamento da população. Aqui fica o alerta, cuidado com os pseudo-profissionais, EXIJA A CARTEIRA DE REGISTRO PROFISSIONAL de seu professor, coach, treinador, instrutor. Parabéns aos profissionais de Educação Física pelo seu dia.