terça-feira, 12 de agosto de 2014

Esteroides androgênicos anabolizantes - parte V


Por Adilson Reis Filho

Nesta última parte falarei dos principais efeitos colaterais advindos do uso dos esteroides androgênicos anabolizantes seja pela exposição aguda, crônica, por dosagem fisiológica ou dosagem supra fisiológica.

Dentre os efeitos colaterais temos: hipertrofia do clitóris, ginecomastia (aumento da mama nos homens devido a maior atividade da aromatase), alopecia (queda de cabelo - calvície), atrofia dos testículos, formação de ateromas (placas de gordura nas artérias), acnes (em decorrência do aumento da 5-alfa-redutase que eleva a secreção das glândulas cebáceas), engrossamento da voz em mulheres, redução do HDL (colesterol bom) e aumento do LDL (colesterol ruim), câncer de próstata, câncer no fígado, entre outros.

Em relação à reposição hormonal durante a andropausa ainda é controverso, nível de evidência D (muito fraco), já em relação à reposição em homens hipogonádicos o nível de evidência é A (forte).

Exposto tudo isso, fica à critério de cada um fazer uso ou não dos esteroides androgênicos anabolizantes, afinal o livre arbítrio serve para isso, mas pense bem e converse com um médico endocrinologista para ver o que acha.

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Esteroides androgênicos anabolizantes - parte IV


Por Adilson Reis Filho 

Como proposta terapêutica, os esteroides androgênicos anabolizantes têm sido administrados no tratamento das deficiências androgênicas, tais como o hipogonadismo (Bhasin et al., 1997; De Rose e Nóbrega, 1999), micropênis neonatal, deficiência androgênica parcial em homens idosos, deficiência androgênica secundária a doenças crônicas e na contracepção hormonal masculina (Conway et al., 2000).

A terapia androgênica também pode ser utilizada no tratamento da osteoporose, da anemia causada por falhas na medula óssea ou nos rins (De Rose e Nóbrega, 1999; Conway et al., 2000), no câncer de mama avançado (Eberling et al., 1994) e até mesmo em situações especiais de obesidade (Corrigan, 1999).

Os esteroides têm sido utilizados no tratamento da sarcopenia relacionada a AIDS, na fadiga em pacientes com doença renal crônica submetidos à diálise (Johansen et al., 1999).

Esteroides androgênicos anabolizantes - parte III


Por Adilson Reis Filho

Os esteroides sintéticos (testosterona) geralmente possuem modificações na molécula a fim de aumentar sua efetividade (Wilson, 1988). Estas modificações podem ser do tipo A (esterificação do grupo 17-b hidroxil); tipo B (alquilação na posição 17-a); tipo C (modificação na estrutura do anel esteroidal).

As modificações do tipo B apresentam maior toxicidade hepática, pois ocorre maior esforço do fígado para metabolizar este tipo de esteroide.

Dentre os efeitos dos esteroides androgênicos anabolizantes, temos: efeitos androgênicos (confere características masculinizantes, tais como o aumento de pêlos faciais em mulheres, aumento do tom grave da voz, entre outros); efeitos anabólicos (relacionado principalmente ao aumento da retenção de nitrogênio e, consequentemente aumento da hipertrofia muscular).

Esteroides androgênicos anabolizantes - parte II


Por Adilson Reis Filho

No indivíduo adulto a secreção de testosterona é controlada pelo sistema nervoso central por meio da hipófise anterior que modula a atividade de glândulas endócrinas presentes no sistema reprodutor através do eixo hipotálamo - hipófise - gonadal. O hipotálamo através do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) modula a liberação do hormônio folículo estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH). A síntese e o nível plasmático de testosterona são controlados por ação dos hormônios gonadotrópicos da hipófise (FSH e LH). O FSH que atua nas células de Sertoli é responsável pela gametogênese e o LH que atua nas células intersticiais de Leydig, pela secreção de testosterona (Hardman et al., 1996; Rang et al., 1997).

Amanhã posto as demais partes, falando sobre os efeitos benéficos e colaterais. 
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Esteroides androgênicos anabolizantes - parte I


Por Adilson Reis Filho

Hoje começo a compartilhar um pouco de uma aula sobre os esteroides androgênicos anabolizantes que ministrei durante o meu mestrado.

Os esteroides são sintetizados nos testículos, ovários e glândulas suprarrenais, a partir do colesterol. A testosterona é sintetizada 95% pelos testículos e 5% pelas suprarrenais, a partir do colesterol, o qual é biotransformado à deidroepiandrosterona e androstenediona e posteriormente convertido à testosterona, no tecido hepático (Handlesman, 2001). ‪#‎saúde‬ ‪#‎anabolizantes‬ ‪#‎hipertrofia‬