Por Adilson Reis Filho e Eliana Santini
Imagem: http://www.novasb.com.br/noticia/alerta-sobre-obesidade-infantil/
A cada ano estudos epidemiológicos apresentam um índice alarmante de sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes. Tal fato, em parte deve-se a redução no gasto energético em atividades físicas e/ou exercícios físicos na escola e nos momentos de lazer, já que, a maioria das crianças e adolescentes têm optado por atividades como internet, jogos eletrônicos, e outras com baixo gasto calórico.
Associada à redução do gasto energético por meio de atividade física/exercício físico, encontra-se o aumento da ingestão de alimentos altamente calóricos, como por exemplo, os fast foods. Com isso, o acúmulo de energia em forma de gordura é favorecido, bem como, a predisposição à doenças crônicas não transmissíveis, como por exemplo, diabetes mellitus tipo II, doença arterial coronariana, entre outros.
Na imagem abaixo verifica-se a redução do gasto energético por quilograma de peso corporal/dia à medida que se envelhece.
De acordo com Escrivão et al. (2000), o risco de a obesidade na infância continuar na vida adulta está relacionado ao tempo de duração e à sua gravidade. As taxas de remissão diminuem com o avanço da idade, e o aumento da gravidade aumenta o risco de persistência. Aproximadamente 1/3 dos adultos obesos foram crianças obesas, e quando a obesidade é grave, esta proporção aumenta para ½ a ¾.
Segundo os autores citados anteriormente, um estudo longitudinal, realizado na Inglaterra, que consistiu no seguimento da massa corporal e da estatura de crianças até a idade de 26 anos, foi verificado que 40% das crianças obesas aos 11 anos e 50% aos 15 anos continuaram obesas aos 26 anos. Para todas as idades estudadas, quanto menor era o peso relativo, menor era o risco de obesidade na fase adulta.
Referência:
Escrivão, M.A.M.S. et al. Obesidade exógena na infância e na adolescência. J Pediatr (Rio J) 2000;76(Supl.3):s305-s10.
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