Agachamento profundo (a favor)
A maior profundidade do agachamento aumenta a força de contato entre as articulações tibiofemoral em um grau maior do que o da articulação patelo-femoral.
No entanto, uma relação entre causa e efeito durante o agachamento profundo e lesões a essas estruturas ainda não está estabelecida na literatura científica, fazer quaisquer conclusões sobre o assunto na melhor das hipóteses seria especulação.
Somente naqueles com patologia existente joelho (por exemplo, condromalacia, osteoartrite, osteocondrite) e/ou aqueles que tiveram intervenção pós-cirúrgica (por exemplo, meniscectomia, reconstrução LCP) seria contraindicado o agachamento profundo.
Agachamento profundo (contra)
Altas forças de compressão patelo-femoral podem forçar a cartilagem articular na parte inferior da patela, o que pode ocasionar a condromalacia e eventualmente alterações osteoartríticas.
Os benefícios adicionais do agachamento profundo em relação ao agachamento até 90º são poucos. Os quadríceps e isquiotibiais estão ativados enquanto agachado. Especificamente o vasto lateral e medial produzem significativamente mais atividade do que o reto femoral com o agachamento em 90º.
Uma revisão abrangente da literatura feita por Escamilla (2001) verificou que a atividade do quadríceps aumenta gradativamente à medida que a flexão do joelho se aproxima de 90º, e, existem poucas evidências sugerindo aumento da atividade no quadríceps abaixo de 90º.
Os riscos parecem superar e muito os possíveis benefícios do agachamento profundo. Além disso, os estudos que avaliaram a atividade eletromiográfica indicam maior atividade no quadríceps, isquiotibiais e gastrocnêmios quando realizado o agachamento até 90º.
Por fim, é importante considerar o que é funcional para o seu aluno/atleta, e lembrar-se sempre da especificidade do treinamento.
Fonte: Strength and Conditioning Journal
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