Vira e mexe me perguntam em meus cursos ou aulas de Pós-Graduação o que eu "acho" sobre o agachamento realizado sobre bases instáveis.
Pois bem, a literatura científica nos mostra que dependendo do objetivo o uso de bases instáveis são excelentes ou não.
No estudo conduzido por Drinkwater et al. (2007) - imagens postadas - foi evidenciado redução na força, velocidade e potência ao longo de todo o movimento à medida que se utilizava bases de apoio mais instáveis. Desta forma, os autores sugerem ser um equívoco utilizar o recurso de bases instáveis quando se tem como objetivo o aumento de força e potência muscular.
Num estudo recente (Zemkova et al., 2014) dois protocolos de agachamento foram comparados, um sobre o BOSU e outro sobre o solo. Os resultados observados denotaram piora na potência após a realização do agachamento sobre a base instável (BOSU).
Entretanto, ambos os estudos sugerem que se o objetivo for melhorar o equilíbrio, a propriocepção e a ativação muscular do tronco, a utilização de bases instáveis cumprem com o esperado, particularmente quando se utiliza cargas mais leves (50 - 60% 1 RM).
Portanto o bom senso e o conhecimento prevalecem mais uma vez, nada de colocar uma carga com 85% de 1 RM e subir sobre uma bola Suíça esperando conseguir maior hipertrofia do quadríceps.